sexta-feira, 8 de abril de 2011

Astolfo e Genoveva


          Quando eu era um filhote, eu morava em Duque de Caxias/RJ (graças a Deus, nos mudamos pra Juiz de Fora cedo!), em um bairro que se chamava Corte Oito, por incrível que pareça.

         Como toda criança eu gostava de implicar com meu irmão mais velho, o Juninho. Ele é dois anos mais velho que eu. Só que eu não só implicava, como batia, puxava o cabelo, chutava a cara dele quando ele ia amarrar o cadarço, essas coisas de criança maléfica. Tipo Dennis o Pimentinha.

       Quando eu tinha uns dois anos de idade, e ele quatro, todos os dias no mesmo horário apareciam duas formiguinhas no tapete da sala. E, como todos já estavam se acostumando com elas, meu pai teve a brilhante idéia de batizá-las com os lindos nomes: Astolfo e Genoveva.

       E, o meu irmão empolgadíssimo, todos os dias ia ver se elas estavam lá, e para a felicidade do pobre menino, elas estavam! Coitadas, mal sabiam o que o destino lhes reservava...

     Até que um belo dia, meu irmão e meu pai estavam lá, dando açucar pras formigas, ou sei lá, e quem chegou? Sim, eu mesma! Dizem as más línguas que eu parecia o Godzilla de fralda.

    Então, simplesmente porque eu amava ser má e implicar com meu irmão, o que eu fiz?
Matei as duas formiguinhas!

O meu irmão olhou pra cara do meu pai com o queixo tremendo e os olhos cheios de lágrimas e disse:

_Astolfo, Genoveva.... - e caiu no berreiro.

Meu pai olhou pra ele e por pouco não rolou em cima dos cadáveres de tanto rir.

Isso é motivo de piada até hoje. Quando a família se reúne, minha mãe gosta de contar essas histórias.


Um dia eu conto as outras.

Até o próximo post!


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